O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Coletivo Urbano e Rodoviário de Manaus e Região Metropolitana (STTRM) anunciou, por meio de ofício, que vai entrar em greve geral a partir desta terça-feira (26) por tempo indeterminado. A paralisação foi aprovada na última sexta-feira (22) em assembleia geral.
Os trabalhadores alegaram que a greve será realizada em decorrência dos constantes atrasos no pagamento de salários, o que prejudica a categoria.
Um documento, enviado ao Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram), solicita que as empresas remanejem 50% da frota da terça-feira para que a população não sofra tanto com o impacto da greve.
Os trabalhadores ainda informaram que estão abertos à negociação até o dia da paralisação, e se colocaram à disposição para qualquer esclarecimento.
Histórico de greve
Vale lembrar que este não é o primeiro episódio de paralisação dos rodoviários em 2025. No início de julho, a categoria anunciou uma greve por tempo indeterminado, motivada por divergências sobre o uso de dinheiro em espécie nas catracas e a obrigatoriedade de venda de cartões do sistema Passa Fácil.
A paralisação foi suspensa após mediação da Prefeitura de Manaus e do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), que restabeleceram o diálogo entre sindicato e empresas. A medida garantiu o funcionamento normal do transporte público, evitando prejuízos à população que depende diariamente dos ônibus da cidade.
Na ocasião, o sindicato destacou que a greve estava 100% legalizada e que a assembleia havia sido aprovada conforme a legislação vigente.
Ofício do STTRM:
Possível greve anterior
Em 8 de agosto, no início do mês, alguns motoristas de ônibus chegaram a cruzar os braços logo no início do dia. A informação foi confirmada pelo presidente do sindicato, Givancir Oliveira.
“Foi uma paralisação que fizeram com razão, estão sem receber ticket alimentação e pagamentos desde domingo. E até agora não tem resposta”, afirmou o representante.
A paralisação foi cancelada, porém, não descartou a possibilidade de uma greve caso o pagamento não fosse realizado.