O secretário Marcus Vinícius Oliveira de Almeida afirmou que está acompanhando os foragidos do Rio de Janeiro.
O secretário de Segurança Pública do Amazonas, Marcus Vinícius Oliveira de Almeida, afirmou nesta quinta-feira (30) que decisões que limitaram operações policiais no Rio de Janeiro transformaram comunidades em “condomínios do narcoterrorismo”. Marcus Vinícius comentou a operação da polícia fluminense em morreram 121 pessoas, entre elas quatro policiais, em entrevista coletiva sobre apreensão de ouro e prisão de policiais em Manaus.
“A ADPF [635], que determinou que as polícias do Rio não pudessem agir nas favelas, transformou a favela em verdadeiros condomínios do narcoterrorismo. Esses narcoterroristas moram naqueles locais de maneira paga”, afirmou.
A ADPF 635 (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) , conhecida como “ADPF das Favelas”, é uma determinação no STF (Supremo Tribunal Federal) que estabelece regras para atuação da polícia nas favelas do Rio de Janeiro.
Marcus Vinícius disse que o Amazonas monitora os desdobramentos e pode enviar equipes de inteligência para o Rio. “Nós temos um alinhamento com o Rio de Janeiro para compreender o que está acontecendo passo a passo lá. Deveremos, inclusive, verificar o envio de alguns profissionais para acompanhar lá do Rio com dados de inteligência”, disse.
“Segundo ponto: por que esses foragidos de todos os estados, inclusive do Amazonas, estão no Rio de Janeiro? É porque, então, o sistema aqui é fraco ou o sistema aqui é forte? Estão lá porque a ADPF que determinou que as polícias do Rio não pudessem agir nas favelas transformou a favela em verdadeiros condomínios do narcoterrorismo. Esses narcoterroristas, não se iludam, eles não estão ali por favor, eles pagam pela proteção que tem ali”, acrescentou.
O secretário também afirmou que o combate às facções precisa de coordenação federal. “Para vencer essas organizações criminosas precisa de uma coordenação federal.”
Marcus Vinícius se solidarizou com os policiais mortos na operação. “Deixar nossa solidariedade e nossos sentimentos aos dois policiais militares e aos dois policiais civis lá do Rio de Janeiro que tombaram defendendo o povo”.
O secretário autoelogiou a segurança pública. “Se fosse fraco, nós não tínhamos apreensões históricas”.
							