Presidente da CBF é alvo de operação da PF sobre compra de votos

A sede da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), no Rio de Janeiro, foi alvo de buscas em operação da PF (Polícia Federal), na manhã desta quarta-feira (30), em investigação sobre compra de votos, que também teve como alvo o presidente Samir Xaud.

A operação, denominada Caixa Preta, teve o objetivo de apurar suspeita da prática de crimes eleitorais em Roraima.

De acordo com a assessoria da CBF, a confederação recebeu agentes da Polícia Federal em sua sede entre 6h24 e 6h52 desta quarta-feira, num desdobramento de investigação determinada pela Justiça Eleitoral de Roraima.

Foram determinados dez mandados de busca e apreensão nos estados de Roraima e Rio de Janeiro, além do bloqueio judicial de mais de R$ 10 milhões nas contas dos investigados.

A deputada federal Helena da Asatur (MDB-RR) e o seu marido, Renildo Lima, também foram alvos da operação.

Segundo a PF, a investigação teve início após a apreensão de R$ 500 mil, em setembro de 2024, às vésperas das eleições municipais. O valor foi encontrado na cueca de Renildo, durante a campanha.

Xaud foi foi candidato a deputado estadual em 2018 pelo PV e recebeu 2.069 votos. Quatro anos depois em 2022, fez uma nova tentativa, desta vez para deputado federal pelo MDB, e recebeu 4.816

A confederação ainda afirmou, em nota, que é importante ressaltar que a operação “não tem qualquer relação com a CBF ou futebol brasileiro e que o presidente da entidade, Samir Xaud, não é o centro das apurações”.

A CBF também afirmou que, até o momento, não recebeu nenhuma informação oficial sobre o objeto da investigação. Nenhum equipamento ou material foi levado pelos agentes.

“O presidente Samir Xaud permanece tranquilo e à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos que se façam necessários”, afirmou.

Já a assessoria da deputada afirmou, por meio de nota, que a parlamentar foi surpreendida com a notícia e que jamais foi notificada a prestar esclarecimentos às autoridades competentes.

“Causa perplexidade a adoção de medidas tão gravosas sem que tenha havido a apresentação de fatos concretos que as justifiquem. Como cidadã e representante eleita democraticamente, a deputada respeita e defende o trabalho das instituições, reafirmando seu compromisso com a transparência, a ética pública e o devido processo legal”, disse.

Ela também afirmou que “seguirá concentrada em seu trabalho legislativo e na defesa dos interesses da população de Roraima, com a serenidade e a responsabilidade que sempre pautaram sua atuação pública”.

Leia mais na Folha.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *