O soldado israelense Yuval Vagdani, que esteve no Brasil e virou alvo da Polícia Federal (PF) após denúncia de supostos crimes de guerra, já está de volta a Israel e concedeu entrevistas para a mídia local. Ele afirma que não fez nada de mais, no período em que esteve em Gaza, e que apenas postou fotos nas redes sociais. “Fotos em casas, de uma explosão bem linda dessas”, declara o militar.
Yuval chegou ao Brasil em dezembro de 2024 para uma temporada de férias na Bahia. Ele esteve em Morro de São Paulo, onde teria ido a uma festa de música eletrônica. Após identificar a presença dele em solo brasileiro, a organização internacional Fundação Hindi Rajab (HRF) acionou a Justiça local e pediu investigação contra o militar.
Agora em Israel, após buscar abrigo na Argentina, antes de retornar para casa, o soldado tem se pronunciado sobre o caso. Em entrevista ao jornal Maariv, ele disse que não considera ter cometido crimes de guerra. Yuval é acusado de participar da destruição de um bairro completo na região conhecida como corredor Netzarim, na Faixa de Gaza.
“Sou uma pessoa que foi para a reserva. Eu me alistei no dia 7 de novembro, entrei em Gaza para uma manobra no final de dezembro e postei coisas que não são típicas de um soldado regular. Eu postei coisas que, a partir dos posts que eu fiz, pessoas que tinham medo de ir para a reserva viram o que eu postei e escrevi, e receberam um incentivo, entendendo que elas também poderiam fazer o mesmo. Eu publiquei apenas fotos minhas de uniforme”, alega Yuval.
Nos autos judiciais do caso, aos quais o Metrópoles teve acesso, a HRF anexou uma série de provas para sustentar a acusação. Yuval alega que a denúncia teria sido fundamentada em publicações feitas por ele no Instagram. As provas foram recolhidas com base em um trabalho de investigação feita com inteligência de fontes abertas.
Com informações do Metrópoles.