Após tragédia com grávida, vereadores da base mantêm silêncio e são criticados

Vereadores não se pronunciaram sobre o caso, enquanto debatiam pautas de menor relevância no momento

A base aliada do prefeito David Almeida (Avante) na Câmara Municipal de Manaus (CMM) se manteve em silêncio diante da morte de Giovana Ribeiro da Silva, de 29 anos, grávida de sete meses, que faleceu no último domingo (22) após um acidente causado por um buraco na avenida Djalma Batista, zona sul da capital. Durante a sessão desta segunda-feira (23), os parlamentares aliados preferiram tratar de temas diversos, sem abordar o ocorrido.

Entre os que não se manifestaram estão os vereadores Dione Carvalho (Agir), Marco Castilho (União Brasil), Eurico Tavares (PSD), Eduardo Alfaia (Avante) e Gilmar Nascimento (Avante) — este último, inclusive, líder do prefeito na Casa, com Alfaia como vice-líder. A omissão foi criticada por diversos internautas e cidadãos, que cobraram posicionamento dos parlamentares.

“Deixo um recado claro a todos os vereadores: vocês também serão cobrados se continuarem defendendo o indefensável, especialmente os aliados do 70. O povo está revoltado com tanta omissão e cinismo por parte de todos esses políticos! Antes de vir com papo furado de oposição, somos apenas o próprio povo revoltado”, dizia uma das publicações em redes sociais.

Já os vereadores Rodrigo Guedes (Progressistas), Capitão Carpê (PL), Rodrigo Sá (Progressistas) e Zé Ricardo (PT) cobraram diretamente o prefeito David Almeida e o secretário municipal de Infraestrutura, Renato Junior, por respostas à tragédia. Eles também criticaram o abandono das vias públicas da capital.

O vereador Zé Ricardo informou que protocolou uma representação no Ministério Público do Amazonas (MPAM) pedindo que a prefeitura seja investigada e responsabilizada pela morte de Giovana e do bebê. Ele também pretende convocar Renato Junior para prestar esclarecimentos na CMM sobre a situação das ruas da cidade.

Manifestação

Em reação à tragédia, moradores de Manaus estão organizando uma manifestação contra a gestão do prefeito. A mobilização é motivada pelas denúncias de má administração e omissão diante da precariedade da infraestrutura urbana.

O protesto está marcado para a próxima segunda-feira (30), às 19h, no antigo Decreto, ao lado da loja Havan, na avenida das Torres. Os organizadores pedem justiça pelas vidas perdidas e exigem medidas urgentes da prefeitura.

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