O governador do Amazonas, Wilson Lima, anunciou nesta segunda-feira (27) a criação do Comitê Permanente de Enfrentamento a Eventos Climáticos e Ambientais para coordenar ações de combate a queimadas, secas e cheias no estado. O comitê será formado por 33 órgãos da administração direta e indireta do governo estadual.
“Estamos criando hoje de forma permanente esse comitê, que contará com secretarias, empresas e instituições que têm ações que influenciam diretamente na questão de ajuda humanitária, no desenvolvimento de atividades econômicas e também no enfrentamento das questões ambientais, como queimadas e desmatamento”, disse Wilson Lima em entrevista coletiva.
A iniciativa visa, principalmente, a prevenção e a mitigação dos efeitos de eventos climáticos extremos que afetam a região como o desmatamento. De acordo com o governador, o comitê terá o apoio e orientações de um grupo de cientistas.
De acordo com Lima, o comitê vai trabalhar de forma coordenada na prevenção, mitigação e resposta aos desastres ambientais a partir de relatórios detalhados sobre os eventos para uma ação mais precisa e eficiente. A ideia é antecipar soluções e reduzir os danos causados pelos eventos com um planejamento estratégico contínuo.
Recursos
Em relação aos recursos, Lima disse que o governo dispõe de R$ 21 milhões provenientes do Fundo da Amazônia que serão utilizados para compra de materiais e a contratação de brigadistas. Serão contratados, a partir de junho, 150 brigadista
Wilson Lima disse que o governo adquiriu caminhões com recursos do Ministério da Justiça que serão enviados em maio a 15 municípios. Nessas localidades, brigadas permanentes serão formadas para reforçar o combate ao fogo.
Lima também mencionou a colaboração com os municípios que assinaram termo de cooperação com o governo estadual. Serão enviados cinco bombeiros da corporação estadual para integrar as brigadas municipais.
O governador citou que o Banco Alemão KfW (Banco de Desenvolvimento Alemão) disponibilizou R$ 3 milhões para a construção de dois alojamentos em Boca do Acre e Apuí, onde serão instalados os brigadistas. A previsão é que as obras sejam concluídas somente em 2026.