O Partido dos Trabalhadores (PT) confirmou a realização de uma manifestação nacional no dia 7 de setembro, mesma data escolhida por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e pelo Partido Liberal (PL) para promover seus atos em defesa do que chamam de “valores patrióticos”.
A primeira publicação do PL sobre o ato ocorreu no dia 17 de agosto, em suas redes sociais, com críticas ao governo Lula e à atual celebração da data cívica. “Hoje, no governo Lula, a data perdeu sua força. O que antes era festa cívica agora é marcado por desfiles esvaziados e um clima de desânimo”, escreveu o partido.
Pouco tempo depois, ainda em agosto, o PT anunciou sua própria mobilização para o feriado, com o lema: “Dia de lutar pela soberania”.
Ato em Manaus ainda sem local definido
Em Manaus, o local do ato petista ainda não foi divulgado. Já em outras capitais — como Brasília, Belém, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo — a coordenação do partido já definiu os pontos de concentração.
Nas redes sociais, o PT-AM declarou:
“Dia 7 de setembro vai ser dia de lutar por nossa soberania, em defesa do Brasil! Vamos às ruas! (…) Gritaremos bem alto: Aqui é Brasil, e não vamos deixar Trump ou qualquer outro estrangeiro decidir sobre o nosso futuro!”
PL aposta em discurso patriótico
Do outro lado, o PL convoca seus apoiadores com um tom fortemente nacionalista, afirmando que o 7 de setembro durante o governo Bolsonaro era marcado por orgulho e união, e acusando o governo atual de “apagar o patriotismo”.
“A chama do amor à pátria tenta ser apagada por quem prefere um Brasil dividido e sem identidade nacional. Mas nós não esquecemos. No próximo 7 de setembro, o povo vai mostrar que o Brasil ainda pulsa”, afirma o texto publicado nas redes sociais do partido.
Polarização nas ruas
A convocação de atos simultâneos por PT e PL reflete o atual cenário de forte polarização política no país. O 7 de setembro, tradicionalmente voltado a celebrações cívicas da independência do Brasil, tem se transformado, nos últimos anos, em palco de manifestações com pautas políticas divergentes e este ano promete não ser diferente.