O tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ), compareceu à sede da Polícia Federal (PF), nesta terça-feira (19), para prestar depoimento. Ele deu esclarecimentos depois de a corporação investigar um suposto plano de militares para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A trama teria ocorrido em 2022.
Durante o interrogatório, Cid negou envolvimento ou conhecimento de qualquer tentativa de golpe de Estado planejada para dezembro daquele ano. No entanto, os investigadores ficaram insatisfeitos com suas respostas, o que põe em risco sua colaboração premiada. Eles acreditam que Cid pode ter omitido informações importantes e que poderia estar colaborando com o general Walter Braga Netto (PL-RJ), poupando-o de implicações mais sérias.
A operação da Polícia Federal resultou na prisão de quatro militares e um policial federal. De acordo com a investigação, Cid e o general da reserva Mario Fernandes trocaram mensagens sobre o suposto plano.
Nessas conversas, Fernandes mencionou que qualquer ação poderia ocorrer até o último dia de 2022.
Além disso, mensagens sugerem que Fernandes estava preocupado com o enfraquecimento dos protestos em frente aos quartéis.
Essa preocupação foi comunicada a Cid. Em áudio enviado ao ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Fernandes elogiou o então presidente por ter se pronunciado em frente ao Palácio da Alvorada, perto de onde estavam os manifestantes.
Fernandes ainda lamentou as oportunidades perdidas para implantar o suposto plano golpista, segundo documentos da Polícia Federal.
Com informações da Revista Oeste.