Menezes denuncia prisão de Bolsonaro: “O Brasil cruzou a linha da democracia”

Vídeo foi gravado logo após anúncio da prisão preventiva decretada à Bolsonaro

A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada na manhã deste sábado, provocou uma onda de revolta entre aliados, e uma das reações mais duras veio do Coronel Menezes. Em vídeo publicado em suas redes sociais poucas horas após a decisão, o coronel aparece indignado, classificando o episódio como “um dos maiores abusos de autoridade da história do Brasil”.

Visivelmente transtornado com a notícia, Menezes afirmou que o país está entrando em um território perigoso, onde divergência política se tornou justificativa para encarceramento.

“Hoje prenderam preventivamente um ex-presidente por motivo político. Isso não é Justiça, é perseguição. O Brasil ultrapassou todos os limites da democracia”, declarou.

No vídeo, Menezes critica duramente a decisão judicial e o que considera um movimento deliberado de criminalização da oposição. Ele afirma que não há justificativa plausível para a prisão preventiva e alerta para o precedente assustador que se abre.

“Estão usando o aparato do Estado para calar o maior líder popular do país. Isso é uma violência institucional sem precedentes. O objetivo é um só: destruir Bolsonaro e intimidar todos que pensam como ele”, afirmou.

Para o coronel, a prisão preventiva não tem base técnica sólida e viola princípios fundamentais do processo legal. Ele questiona abertamente a motivação e a proporcionalidade da medida:

“O Brasil nunca viu nada parecido. A prisão preventiva virou instrumento político. Hoje é Bolsonaro. Amanhã pode ser qualquer cidadão brasileiro.”

Em um dos trechos mais duros do vídeo, Menezes convoca a população a refletir sobre o momento grave que o país vive, pedindo firmeza e vigilância:

“O que aconteceu neste sábado é um alerta. Não podemos aceitar calados. A democracia está sendo testada, rasgada, empurrada para o abismo. O Brasil precisa reagir pacífica e legalmente, mas precisa reagir.”

Ele também manda um recado direto às instituições, especialmente ao Judiciário, dizendo que decisões dessa magnitude não podem servir à guerra política:

“O Judiciário não pode ser protagonista da perseguição. Quando a toga vira arma, a justiça morre”, disparou.

A manifestação de Menezes chega num momento em que sua voz tem ganhado peso político tanto no Amazonas. Ele tem se colocado como um dos principais defensores da narrativa de que Bolsonaro é vítima de perseguição institucional e a prisão preventiva deste sábado apenas intensificou seu tom.

A prisão preventiva de Bolsonaro já seria, por si só, um marco controverso. Mas a reação imediata mostra que o episódio não será esquecido tão cedo nem aceito passivamente pelos setores conservadores do país.

A indignação do coronel sintetiza o clima que se instalou nas bases bolsonaristas: sensação de injustiça, abuso de poder e escalada institucional sem retorno.

“O Brasil está vivendo um momento muito perigoso. Hoje, mais do que nunca, a liberdade está sob ataque”, concluiu Menezes no vídeo.

Com informações do Foco no Fato.

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