Investigação do Ministério Público Eleitoral apura candidaturas fictícias nas eleições de 2024
Os vereadores de Manaus Elan Elan Alencar (DC), Jaildo Oliveira (PV), João Paulo Janjão (Agir) e Zé Ricardo (PT) se manifestaram publicamente nesta terça-feira (13), diante do risco de cassação de seus mandatos por suposta fraude na cota de gênero nas eleições municipais de 2024. Os parlamentares são alvos de uma investigação do Ministério Público Eleitoral (MPE), que apura o uso de candidaturas femininas fictícias por partidos para cumprir a cota mínima de 30% por gênero, como exige a legislação eleitoral.
Segundo a acusação, algumas candidatas registradas pelas legendas à época não teriam feito campanha ou sequer recebido votos, o que pode caracterizar fraude e levar à anulação dos votos da chapa proporcional, afetando diretamente os vereadores eleitos por essas coligações.
Diante da repercussão do caso, os vereadores citados se pronunciaram nesta terça-feira (13). Elan Alencar (DC) afirmou estar tranquilo e confiante na decisão da Justiça. “Eu, de certa forma, estou muito tranquilo em relação a isso. É uma questão que a Justiça vai definir. Eu, particularmente, não sabia o que estava acontecendo lá no início, depois eu fui sabendo no decorrer do processo. A gente vai trabalhar para manter o nosso mandato”, declarou Alencar.
Já Jaildo Oliveira (PV) classificou as denúncias como um “factoide” criado para influenciar o Ministério Público. “O partido sempre lançou candidatos de verdade. Estão querendo criar esse factoide para induzir o MP a dar um parecer desfavorável. Fizemos campanha limpa e não vamos nos intimidar”, respondeu o vereador.
O petista Zé Ricardo alegou não ter qualquer envolvimento com as supostas fraudes. “Eu nem dirigente sou. Não tenho nada a ver com isso aí”, afirmou. No entanto, o parlamentar ressaltou que aguardará a decisão da Justiça. “Se há dúvida, é ela quem decide”, completou.
Em nota, o vereador João Paulo Janjão (Agir) também negou irregularidades. “O processo está disponível para todos que quiserem analisar. Afirmo que o Partido Agir não cometeu qualquer irregularidade eleitoral. Nossos advogados estão acompanhando o caso de perto e tomando todas as providências legais cabíveis. Confiamos plenamente na Justiça e na transparência do processo”, garantiu Janjão.
O processo segue em tramitação na Justiça Eleitoral, que ainda deve analisar provas e ouvir os envolvidos antes de tomar uma decisão definitiva. Até lá, os parlamentares continuam exercendo normalmente seus mandatos na Câmara Municipal de Manaus.
Com informações da Rede Onda Digital.