O Brasil tem inflação acumulada em 12 meses de 5,06% — bem acima do teto da meta inflacionária para este ano, que é de 4,50%
O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, disse disse, nesta quinta-feira (27), que, a curto prazo, o Brasil precisará lidar com uma inflação acima da meta, estipulada em 3% neste ano. Segundo ele, o BC tem consciência de que a “combinação de inflação acima da meta e de taxa de juros mais contracionista costuma produzir essa posição mais incômoda”.
“O Banco Central sabe que, no curto prazo, a gente vai conviver com uma inflação acima da meta e que os mecanismos de transmissão desse processo vão se dar nessa ordem que a gente tem comunicado”, declarou.
Atualmente, o Brasil tem inflação acumulada em 12 meses de 5,06% – bem acima do teto da meta para este ano, que é de 4,50% (entenda o sistema de metas abaixo).
Ao ser questionado sobre o guidance (orientação futura) da próxima alta na taxa básica de juros, a Selic, Galípolo não estimou a dimensão do aperto monetário (ou seja, o aumento dos juros).Play Video
Ele preferiu reforçar o que foi dito na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nessa terça-feira (25/3), em que o BC indicou que o ciclo de alta da Selic “não está encerrado”, mas que a próxima elevação “seria de menor magnitude”.
“A ata continua bastante válida, ela não ficou velha. A gente quer preservar esses graus de liberdade para a gente poder tomar essa decisão [definir a taxa Selic]”, acrescentou o presidente do BC.
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