Coronel Rosses assume autoria da proposta após embate entre Aldenor Silva e Rodrigo Guedes
A tentativa de instalar a CPI do Empréstimo na Câmara Municipal de Manaus (CMM) ganhou um novo capítulo nesta semana. O impasse entre os vereadores Aldenor Lima (União) e Rodrigo Guedes (Progressistas) provocou a retirada de apoio à proposta por parte do vereador Saimon Bessa, resultando na mudança de autoria do pedido, que agora será liderado pelo vereador Coronel Rosses (PL).
A CPI tem como objetivo investigar a destinação dos recursos oriundos de empréstimos contratados pela Prefeitura de Manaus nos últimos anos. O tema gerou intensa discussão no plenário da Câmara, especialmente após desentendimentos públicos entre Aldenor e Guedes, que chegaram a trocar acusações sobre a condução e a motivação da investigação. Ambos, inclusive, compareceram à sede da Polícia Federal (PF) após os episódios.
Com a retirada da assinatura de Saimon Bessa e o recuou de Aldenor, Rodrigo Guedes gravou vídeo abrindo mão da autoria da proposta. Para garantir a continuidade do pedido de CPI, Coronel Rosses foi indicado como novo proponente da investigação, em uma articulação que busca manter o apoio necessário para sua tramitação.
A mudança já foi formalizada internamente na Casa Legislativa, e a expectativa é que o novo pedido, com Rosses à frente, seja apresentado nos próximos dias com o número mínimo de assinaturas exigido pelo Regimento Interno.
Apesar das reviravoltas, a proposta da CPI segue contando com o apoio de parte significativa da oposição e de parlamentares independentes, que defendem a apuração sobre a aplicação dos recursos públicos.
Nos bastidores, aliados do Executivo municipal observam com cautela o avanço da CPI, que pode gerar desgastes políticos.
“A CPI vai buscar respostas claras sobre os critérios e a legalidade desses empréstimos. A população tem o direito de saber como está sendo usado o dinheiro público”, declarou Rosses.
A comissão deve ser instaurada após pressão de parlamentares da oposição e da sociedade civil, que cobram mais transparência nos contratos milionários de empréstimos firmados pela prefeitura nos últimos três anos. Estão na mira da investigação operações financeiras que somam mais de R$ 1,6 bilhão.