Instalação de estações meteorológicas gera embate entre Eduardo Alfaia e Rodrigo Guedes na CMM

Debate sobre transparência e prioridades marca mais uma sessão conturbada na Câmara Municipal de Manaus nesta quarta-feira

O clima esquentou pelo segundo dia consecutivo, na Câmara Municipal de Manaus (CMM), nesta terça-feira (9) durante a discussão sobre a instalação de estações meteorológicas na capital. O projeto, defendido pelo líder do prefeito, vereador Eduardo Alfaia (Avante), acabou se tornando ponto de conflito com o vereador Rodrigo Guedes (Progressistas), que questionou a real necessidade e a transparência da proposta.

A discussão teve início após Rodrigo Guedes apresentar um requerimento solicitando esclarecimentos do Executivo Municipal a respeito das estações meteorológicas anunciadas na semana anterior pelo prefeito David Almeida (Avante).

O requerimento foi aprovado e encaminhado para registro parlamentar e providências, com o apoio do vereador petista Zé Ricardo (PT), que se posicionou a favor durante a sessão, por meio de discurso e voto.

Durante a votação, o líder do prefeito na Casa, vereador Eduardo Alfaia, orientou a base governista a votar contra o requerimento de Guedes. No entanto, ao final do debate, Alfaia recuou e decidiu apoiar a solicitação de informações apresentada pelo colega parlamentar.

“Ele está tentando criar um embaraço. Nós não temos nem a contratação do objeto sobre o qual ele [Rodrigo Guedes] está buscando informações”, declarou Alfaia durante a sessão.

Em resposta ao requerimento apresentado por Rodrigo Guedes, o vereador Eduardo Alfaia explicou que as estações meteorológicas mencionadas já haviam sido adquiridas na gestão anterior, mas estavam “abandonadas” e “jogadas” desde então.

Segundo Alfaia, durante o processo de transição de governo, a atual administração municipal não foi informada sobre a existência desses equipamentos. A gestão anterior à do prefeito David Almeida foi comandada por Arthur Virgílio Neto.

“O prefeito de Manaus inaugurou estações meteorológicas que haviam sido adquiridas na gestão passada e que estavam jogadas, abandonadas, e que, na transição, não foi nem sequer informada da existência dessas estações, que hoje estão sendo instaladas. São nove estações meteorológicas que certamente vão ajudar, mas são muito diferentes dos radares meteorológicos”, afirmou Alfaia.

Enquanto a cidade enfrenta chuvas intensas e problemas estruturais, o episódio expõe mais uma vez a dificuldade de diálogo dentro do Legislativo municipal — onde até o clima virou motivo de embate político.

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