Manaus (AM) – O Ministério Público Federal do Amazonas (MPF-AM) iniciou uma investigação para apurar suposta negligência do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em adotar ações para evitar desabamentos e outros incidentes nos portos fluviais do Amazonas, destacou o Amazonas 1.
O MPF determinou que, em um prazo de 10 dias, o Dnit informe quais portos estão sob sua responsabilidade no estado e quais ações têm tomado para prevenir novos desabamentos.
Em 2023, parte do ‘Porto Novo’, em Itacoatiara, caiu dentro do rio Amazonas. O acidente, que não fez vítimas, levou o Dnit a interditar a estrutura.
O solo que sustenta o porto já apresentava erosões provocadas pelo fenômeno das “Terras Caídas” – comum no período de seca na região -, levando a prefeitura local a confirmar a relação entre o desabamento e o fenômeno natural da estiagem.
Também no ano passado, um desabamento nas margens do rio Purus deixou dois mortos e mais de 200 desabrigados na comunidade Arumã, município de Beruri, no interior do estado.
Em 2010, a estrutura do Terminal Hidroviário de Barreirinha também foi comprometida por desabamentos, o que gerou a abertura de um inquérito civil e a recomendação ao estado do
Amazonas para que realizasse vistorias periódicas nas instalações.
Já em outubro deste ano, um deslizamento de terra destruiu parte do Porto da Terra Preta, no municipio de Manacapuru, causando a morte de duas pessoas no local.
Em outubro, o deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), Roberto Cidade (UB), cobrou do Dnit um relatório detalhado a respeito da situação dos portos administrados ou supervisionados pelo órgão no interior do estado.
Com informações do Amazonas 1.