Uma ala do PT a favor da abertura da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos de 8 de janeiro vem defendendo, nos bastidores, que o melhor para o andamento dos trabalhos seria que presidência do colegiado ficasse com um deputado mais de centro.
Até agora, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), tem defendido o nome do deputado André Fufuca (PP-MA), líder do PP e seu aliado de primeira hora, para ocupar a presidência da CPMI.
No entanto, segundo fontes do Congresso Nacional ouvidas pela CNN, o Palácio do Planalto agora contabiliza o quanto contar com uma presidência indicada por Lira irá fazer com que o governo federal fique “ainda mais” na mão do presidente da Câmara e qual será o valor a ser cobrado depois por esse apoio.
Deputados relataram à reportagem que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tem dito que Lira já terá que conseguir a aprovação do novo arcabouço e dar andamento à reforma tributária e que deixar em seu poder a escolha e o seguimento da CPMI poderá fazer com que o Planalto “nunca consiga pagar a conta”.
Além disso, há um temor que ao dar poder ao Centrão na comissão, a “narrativa bolsonarista” possa ter mais espaço que a do próprio PT.
Outra ala do PT argumenta ainda que Lira já será importante porque caberá ao bloco do presidente da Câmara indicar cinco dos 16 deputados que devem compor a comissão.
Que, de qualquer forma, os partidos denominados de Centro terão de ser “convencidos” a andarem com o governo.
Fonte: CNN
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