Lula de olho no preço do ovo após queda de popularidade

“Eu sei que o ovo está caro. Quando me disseram que está 40 reais a caixa com 30 ovos, é um absurdo”, reclamou o petista

Pressionado pela queda da popularidade, o presidente Lula (PT) reclamou nesta quinta-feira, 20, do preço do ovo que está elevado em vários estados.

“Eu sei que o ovo está caro. Quando me disseram que está 40 reais a caixa com 30 ovos, é um absurdo. Vamos ter que fazer reunião com atacadistas para discutir como é que a gente pode trazer isso para baixo. O fato de estar vendendo produto em dólar que está alto, não significa que você tem que colocar no preço do brasileiro o mesmo preço que você exporta”, disse o petista em entrevista à Rádio Tupi, do Rio de Janeiro.

Essa é uma discussão. Da mesma forma o óleo de soja, da mesma forma a carne. Carne começou a cair. Vai cair e pode ficar certo que o povo vai voltar a comer sua ‘picanhazinha’, costela, outro pedaço de carne que ele deseja”, acrescentou.

Brasil, o “supermercado do mundo”

Na entrevista, Lula responsabilizou as condições climáticas pela alta no preço dos alimentos.

“É importante lembrar que a gente vem de momentos cruciais no Brasil. Muito sol, o maior calor já feito na história desse país, muito fogo e em alguns lugares muita chuva, como no Rio Grande do Sul.”

Ele também disse que o Brasil virou um “supermecado do mundo” e que os produtores não podem deixar de abastecer o mercado interno.

“Outra coisa é que nós tivemos a greve aviária (sic) nos Estados Unidos e em outros países, e os EUA viraram importadores de ovo brasileiro. O Brasil virou quase que um supermercado do mundo. Nós queremos discutir com empresários que queremos que eles exportem, mas não pode faltar para o povo brasileiro.”
Ao falar em “greve aviária”, Lula se referia ao surto de gripe aviária que exterminou cerca de 120 milhões de galinhas, perus e outras aves em território americano, conforme o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Alimentos em alta

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, subiu 0,16% em janeiro, segundo o IBGE.

Embora haja uma desaceleração de 0,36 ponto percentual em relação a dezembro, quando a inflação subiu 0,52%, o grupo alimentação e bebdidas registrou alta de 0,96% no mês passado, o quinto aumento consecutivo.

Destaque para a cenoura, que teve alta de 36,14%.

“A alimentação no domicílio subiu 1,07%, influenciada pelas altas da cenoura (36,14%), do tomate (20,27%), e do café moído (8,56%). Por outro lado, sobressaíram as quedas da batata-inglesa (-9,12%) e do leite longa vida (-1,53%)”, informou o IBGE.

Com informações do Antagonista.

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