Alessandra e Débora saem em defesa da vereadora Profª Jacqueline durante discurso na Aleam

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Deputadas estaduais se solidarizaram com vereadora de Manaus que sofreu violência política durante pronunciamento na CMM, ocorrida nessa terça-feira (27).

Manaus (AM) – Em debate acirrado na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), a deputada estadual Alessandra Campêlo (Podemos) subiu o tom da luta contra a violência política de gênero, ao abordar o episódio em que a vereadora Professora Jacqueline (União) foi vítima na Câmara Municipal de Manaus (CMM), na última terça-feira (27).

No seu pronunciamento desta quarta-feira (28), Alessandra Câmpelo exibiu um vídeo que circula nas redes sociais no qual um grupo de vereadores tenta intimar a parlamentar, no momento em que ela falava na tribuna do Poder Legislativo Municipal.

“É lamentável. Vários vereadores homens com dedo em riste gritando com a vereadora, impedindo a vereadora de se pronunciar. Isso é violência contra a mulher, principalmente partindo de um homem que tem uma compleição física inclusive maior que a da vereadora. Quero me solidarizar com a vereadora Professora Jacqueline pela violência sofrida”, disse Alessandra.

A deputada informou ainda que a Procuradoria Especial da Mulher da Aleam está de portas abertas para prestar atendimento psicossocial e jurídico à vereadora. Além disso, Alessandra adiantou algumas providências e disse que levaria o caso à Ouvidoria da Mulher do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) e ao Ministério Público do Estado (MPE-AM), que integram a rede de proteção às mulheres que atuam na vida pública.

Durante aparte, Débora Menezes (PL) prestou solidariedade a vereadora Jacqueline e destacou que não tinha dúvida que se fosse com um homem a atitude não seria a mesma. “Não podemos permitir que isso ocorra seja na Câmara ou na Assembleia ou mesmo em qualquer canto do país”, criticou Débora.

“Como mulher muitas vezes somos desrespeitadas e vítimas do sistema. E o que consigo constatar que isso é um reflexo desta gestão. Violência verbal também é um tipo de violência e não podemos cercear o direito de pronunciar da vereadora, então presto minha solidariedade”, reforçou a parlamentar.

O tema tomou conta dos debates na Casa por quase uma hora. Os parlamentares Roberto Cidade (União), Rozenha (PMB), Wilker Barreto (Cidadania) e João Luiz (Republicanos) apoiaram as falas das mulheres.

A única divergência partiu do deputado Daniel Almeida (Avante), irmão do prefeito David Almeida (Avante), que tentou defender um dos vereadores que teria cometido a violência que foi o vereador Rauzinho, líder do prefeito na CMM.

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