SUS tem fila de 680 mil cirurgias em 19 estados, e Saúde libera recursos para reduzir espera

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A fila de cirurgias eletivas no Sistema Único de Saúde (SUS) chega a ao menos 679.188 procedimentos, segundo dados de 19 unidades da federação fornecidos ao Ministério da Saúde e enviados à Folha. Como parte do esforço para reduzir essa fila, as secretarias de saúde estaduais e municipais planejam realizar 277.685 cirurgias com os recursos liberados pelo Programa Nacional de Redução de Filas, lançado pelo Ministério da Saúde em janeiro.

Além da verba do programa, o governo e os entes federados contam com recursos de custeio de cirurgias, transferidos de forma regular pela Saúde, além de fonte própria de estados e municípios para tentar diminuir o tempo de quem espera por uma cirurgia eletiva no país.

O secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Miranda Magalhães Júnior, disse que as cirurgias mais requisitadas são de catarata, abdominal, ortopédica, de aparelho digestivo e hérnia.

“Além das cirurgias oncológicas que não são em grande volume, mas o tempo conta muito contra as pessoas nessa situação. Em cada lugar estamos reavaliando contratos, ver o que a gente pode ajudar com recursos nossos porque o câncer é uma prioridade no país”, disse.

Outro eixo do programa federal é dar apoio técnico para a realização do plano, tendo em vista a realidade de cada unidade da federação, com especial atenção para regiões de difícil acesso.

O secretário disse que em Roraima, por exemplo, recursos do plano já foram entregues. Mas pelo tamanho da rede, o estado não vai conseguir sozinho realizar todos os procedimentos represados. A demanda em Roraima é grande também por causa do atendimento aos ianomâmis e aos venezuelanos que cruzam as fronteiras.

Dessa forma, a pasta enviou mais de 30 profissionais de saúde de hospitais federais para tentar melhorar o atendimento no estado. Além disso, negocia passar a gestão de um hospital estadual para a Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), para que a unidade fique sob alçada federal.

“Estamos negociando um hospital estadual de 130 leitos para transferir a sua gestão para a Universidade Federal de Roraima e, portanto, para o Governo Federal para reestruturá-lo e conseguir fazer uma gestão com mais recursos e mais pessoas. Se precisar levar mais profissionais, nós temos ofertas generosas de vários lugares para dar conta de operar”, disse Magalhães Júnior.

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