Aprovação do arcabouço tem votos de aliados de Lira e traições na base de Lula

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A  vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na aprovação do texto-base do novo arcabouço fiscal na Câmara foi alcançada com o apoio de deputados aliados ao presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL) e expôs dissidências entre partidos alinhados ao Palácio do Planalto.

O projeto recebeu votos favoráveis de partidos independentes como PP, Republicanos e União Brasil, esse último tem três ministérios, mas não integra formalmente a base política de Lula.

Por outro lado, siglas que se uniram a Lula desde a campanha eleitoral, como PSOL e Rede, decidiram votar contra a proposta. Essas legendas têm ministérios na Esplanada.

O governo agiu para evitar mais traições na base. Lula e auxiliares do presidente cobraram fidelidade do PT. Toda a bancada petista acabou votando a favor do texto, mas um grupo de 22 deputados do partido assinou um documento com críticas ao novo arcabouço fiscal.

O PP, de Lira, deu 39 votos a favor do projeto. Apenas 7 da bancada foram contrários. O presidente da Câmara se empenhou na articulação da proposta. Desde o início, ele deixou sua digital no novo marco fiscal, que foi relatado por um aliado de Lira, o deputado Cláudio Cajado (PP-BA).

No PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, também houve votos favoráveis. Foram 30 deputados que apoiaram o texto. Isso representa cerca de 30% da bancada do partido que faz oposição a Lula.

A vitória do governo na aprovação do novo arcabouço fiscal foi a primeira significativa após a Câmara votar pela derrubada do decreto de Lula com mudanças no Marco do Saneamento.

A votação, no início do mês, contra o ato do Planalto com regras no setor de saneamento revelou uma legião de infiéis na União Brasil, MDB e PSD —partidos que entregaram 99 votos contra o governo e 8 a favor.

Com informações da Folha de SP.

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