CPI das pirâmides pede indiciamento de Ronaldinho e sócios da 123 Milhas

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Brasília (DF) – A CPI das Pirâmides Financeiras, na Câmara dos Deputados, teve aprovado seu relatório final, por unanimidade, na segunda-feira (9/10). O texto, de autoria do deputado Ricardo Silva (PSD-SP), pede o indiciamento de 45 pessoas, entre as quais o ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho, os donos da agência on-line de viagens 123 Milhas e executivos da corretora de criptomoedas Binance.

A comissão sugeriu ainda que as investigações sobre possíveis crimes financeiros sejam aprofundadas por Polícia Federal (PF), Receita Federal e Ministério Público Federal (MPF).

A CPI investigou empresas acusadas de divulgar informações falsas sobre projetos e promessas de alto rendimento para atrair novas vítimas e sustentar pirâmides financeiras.

Chama-se de pirâmide financeira um esquema irregular e insustentável que gera dinheiro por meio da adesão desenfreada de novos participantes – pode haver ou não a venda de produtos ou serviços.

A comissão também sugeriu o indiciamento de Glaidson Acácio dos Santos, o “Faraó dos Bitcoins”, por crimes como estelionato, lavagem de bens e capitais, gestão fraudulenta, operação de instituição financeira sem autorização e organização criminosa.

As 45 pessoas que tiveram pedidos de indiciamento pela CPI estão ligadas a 13 empresas:

123 Milhas;
Atlas Quantum;
Binance;
Glow Up;
Indeal Consultoria e Investimentos;
MSK Investimentos;
RCX Group Investimentos;
Rental Coins;
Ronaldinho/18K Watches;
Trust Investing.

O relatório da CPI, de mais de 500 páginas, foi aprovado de forma unânime pela comissão.

123 Milhas, Ronaldinho e Binance

No caso da 123 Milhas, a CPI pediu o indiciamento dos sócios da empresa, Ramiro Júlio Soares Madureira, Augusto Júlio Soares Madureira e Cristiane Madureira, pelos supostos crimes de estelionato, gestão fraudulenta, organização criminosa, lavagem de dinheiro e contra as relações de consumo.

Fundada em 2017, em Belo Horizonte, a 123 Milhas faz a intermediação de compra e venda de milhas aéreas para os clientes. A empresa compra milhas acumuladas que não são usadas pelos clientes dos programas de milhagem das companhias aéreas e as utilizam para emitir passagens, vendendo pacotes ao consumidor final a preços competitivos. A empresa suspendeu a emissão de passagens e a venda de pacotes promocionais com embarques previstos para o período entre setembro e dezembro deste ano deixou clientes à deriva.

Em nota, a 123 Milhas rechaçou as acusações de que teria constituído uma pirâmide financeira. “A 123milhas atua há mais de 14 anos no mercado de viagens e turismo e realizou mais de 18 milhões de embarques ao longo de sua existência, tendo sido responsável, em 2021, por 10% de todos os embarques realizados no Brasil”, afirmou a companhia.

Também por meio de nota, a defesa de Ronaldinho Gaúcho afirma que não existe qualquer indício de prova que possa incriminar o ex-jogador da Seleção Brasileira. “Trata-se de tentativa de ganhar os holofotes através de nomes de personalidades”, dizem os advogados.

A Binance, por sua vez, repudiou “quaisquer tentativas de torná-la alvo, ou ainda expor seus usuários e funcionários”.

Fonte: Metrópoles

Júlio Gadelha http://ovies.com.br

Estudante de Jornalismo graduado em Marketing: Explorando o caminho brasileiro da Democracia e da Política.

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1 Comment

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  1. 1
    Rodrigo Ribeiro

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