A polarização política está impondo um constrangimento à organização de uma das maiores feiras do setor agropecuário do país, a Agrishow, que começa em 1º de maio, em Ribeirão Preto (SP). A previsão da ida do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao evento levou a organização da feira a alertar o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, sobre um provável mal-estar. Por causa disso, o integrante do primeiro escalão do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não deve mais comparecer.
A Agrishow tem o governo federal e o Banco do Brasil como os dois principais patrocinadores. Fávaro pretendia utilizar o evento para o lançamento oficial de uma linha de financiamento em dólar para o agronegócio, que será operada pelo BNDES, e para anunciar mais recursos para o Plano Safra deste ano.
Em entrevista ao site da revista Globo Rural, o presidente da Agrishow, Francisco Maturro, negou ter “desconvidado” o ministro de Lula, como chegou a ser divulgado, e disse que espera Fávaro para a cerimônia de abertura. Mesmo assim, admitiu ter avisado o ministro sobre a possível situação constrangedora.
“Era minha obrigação informar o ministro do movimento [crítico ao governo Lula e simpático a Bolsonaro] que está acontecendo em Ribeirão Preto, e não é um movimento pequeno. Ligamos com a preocupação de informá-lo de que o ex-presidente virá à feira, e queremos apenas informar que pode haver um constrangimento para todo mundo. Ainda informei que haverá uma reunião da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), na terça-feira, e convidei para que permanecesse em Ribeirão para essa reunião. Ele agradeceu, e a conversa se encerrou”, detalhou Francisco.
Fonte: Metrópoles
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