Empresa suspende navios com cargas para ZFM por causa da vazante

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Manaus (AM) – A Aliança Navegação e Logística, uma das maiores operadoras de cabotagem para Manaus, interrompeu os serviços para a capital amazonense por meio de um comunicado na última quarta-feira (11). A informação causará prejuízos ao comércio local que poderá afetado com a falta de insumos para a Zona Franca de Manaus (ZFM) e possíveis desastecimentos.

“A profundidade do Rio Amazonas, nos pontos críticos de passagem, atingiu um nível que inviabiliza a continuidade das operações marítimas dos serviços ALCT 1 e ALCT 3 em Manaus”, diz em comunicado no site da empresa.

“Diante deste cenário, declaramos força maior e as cargas que estão a bordo dos navios Sebastião Caboto/338N (SECAB), e Fernão de Magalhães/339N (FERMA) com destino a Manaus serão descarregadas em Vila do Conde (dia 14 de outubro) e Pecém (dia 12), respectivamente. Para as cargas nesses dois navios, ainda não há previsão de reembarque, sendo necessário aguardar a retomada do serviço. O navio Log-in Polaris/100N (LIPOL) também não atracará em Manaus e seu plano de contingência será comunicado assim que possível”, informa a Aliança.

Segundo a empresa, não há previsão de retorno do embarque em navios para cargas com origem em Manaus, havendo alternativa via transporte rodo-fluvial-navio.

Diante da situação, a Aliança informa que adotou os seguintes procedimentos:

  • Todas as solicitações de reserva, em todos os navios, de/para Manaus serão suspensos;
  • Reservas de e para Manaus, sem carga coletada e sem container retirado serão canceladas;
  • As reservas confirmadas com destino para Manaus, com containers já depositados, serão embarcadas até Pecém e aguardarão a retomada dos serviços para posterior reembarque para o destino. Caso necessário, os containers poderão ser retirados na origem;
  • As reservas confirmadas com origem em Manaus, com containers já depositados no porto, permanecerão no Terminal Portuário, aguardando a retomada dos serviços ou poderão ser retiradas pelos embarcadores, se necessário;
  • As reservas confirmadas com containers ainda não depositados poderão optar por embarcar com transbordo em Pecém, sem previsão de conexão para o destino, ou terem seus containers devolvidos.
  • Despesas operacionais, tais como armazenagem em área portuária, remoção, desova de containers, entre outras, deverão ser arcadas pelo Contratante do Frete. 

“De forma a não interromper completamente o fluxo de mercadorias entre o Amazonas e o restante do Brasil, uma alternativa de transporte utilizando a combinação via rodo-fluvial-navio, entre Vila do Conde e Manaus, está disponível – exceto para cargas perigosas e refrigeradas”, informa a Aliança no comunicado no dia 10 de outubro.

“Essa alternativa combina o embarque em navios da Aliança até Vila do Conde (Pará), onde a carga será transferida para uma balsa até Manaus, para posterior entrega em nossos caminhões. Para embarques com origem em Manaus, o fluxo será o oposto”, acrescenta a empresa.

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