Opinião – O próximo presidente do Brasil vai ser uma mulher

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Mesmo após várias tentativas, nenhum político conseguiu se qualificar como herdeiro dos movimentos de Lula e Bolsonaro. Dilma Rousseff, a que chegou mais perto, teve um desfecho desastroso com crise econômica, política e impeachment, prejudicando permanentemente a imagem do Partido dos Trabalhadores (PT) em todo o país. Sem Lula, o futuro do PT é incerto.

Bolsonaro, por sua vez, ainda não conseguiu transferir seu carisma e popularidade para nenhum de seus aliados a nível nacional. Sua figura assim como a de Lula se transformou em uma ideologia personalíssima que ninguém conseguiu replicar até agora.

Nesse contexto, as figuras que surgem para assumir o legado dos dois maiores populistas do século XXI são as primeiras-damas, Janja Lula da Silva e Michelle Bolsonaro.

A atual primeira-dama é de longe a mais influente da história brasileira. Sem cargo político, mas com status de Ministra palpita e governa ao lado do marido, além de ser garota propaganda da gestão e conversa com setores que até pela idade e diferença de geração, Lula tem mais dificuldade como o público LGBT, causa animal, feminismo e pautas ambientais.

A proximidade com Lula e o histórico de lealdade desde os tempos de reclusão trazem uma sensação de compartilhamento de ideias e valores que parece mais natural e menos eleitoreiro. Ao contrário de aproximações como a de Alckmin e seus outros ministros que não escondem interesses políticos.

Janja pode então protagonizar uma disputa com Michelle Bolsonaro. A ex-primeira dama já demonstrou interesse em concorrer a um cargo eletivo em 2026. As especulações são de uma possível cadeira para o senado pelo estado do Paraná.

Força popular

Michelle já foi testada como cabo eleitoral do marido em 2022 e foi importante para garantir boa parcela de votos do público feminino, o grande gargalo da direita bolsonarista, e também do público evangélico.

Levantamento do Paraná Pesquisas divulgado na sexta-feira (24) mostra que 43,4% dos brasileiros preferem a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) à atual primeira-dama, Janja Lula da Silva, citada como preferida por 34,7% dos entrevistados.

Sucessora de Bolsonaro?

Em outro levantamento do Paraná Pesquisas, Michelle aparece como uma possível sucessora do marido e ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas presidenciais de 2026. Segundo a pesquisa, Michelle teria 33% das intenções de voto no pleito, enquanto o atual presidente Lula (PT) ficou com 36,6% –ambos tecnicamente empatados dentro da margem de erro.

O desempenho já supera o de Tarcísio de Freitas (Republicanos) que teve 25,6% na pesquisa.

Carência

O país carece de líderes de opções e, à medida que esses grandes líderes vão saindo de cena, abre-se espaço para novas lideranças, alinhadas com as tendências da nova era. Uma mulher deve ser a próxima líder máxima do país, embora ainda não se saiba quem será.

Júlio Gadelha http://ovies.com.br

Estudante de Jornalismo graduado em Marketing: Explorando o caminho brasileiro da Democracia e da Política.

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