Petição que pede investigação de deputada por quebra de decoro tem mais de mil assinaturas em menos de 24 horas

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Em menos de 24 horas uma petição pedindo que a Comissão de Ética da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM), investigue a deputada estadual Joana Darc (União) por quebra de decoro parlamentar alcançou mais de 1000 assinaturas. O abaixo-assinado é motivado pela invasão da sede do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (Ibama), em Manaus, no fim do mês passado, e deve ser entregue ao parlamento nos próximos dias.

A iniciativa conta com a colaboração de ambientalista, protetores ambientais e animais, cientistas, pesquisadores, ex-servidores e servidores do Ibama. No texto divulgado junto a petição na página Change.org, a deputada é acusada de criar um “histórico de factóides” para difamar o Ibama criando uma “cruzada” contra o órgão ambiental.

São narrados ainda os dois dias de manifestação, convocada pela própria parlamentar, em frente a sede do Instituto para pedir a liberação da capivara Filó, que foi retirada da posse do influencer Agenor Tumpinambá e levada ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), em Manaus. O jovem foi acusado de maus tratos e multado em R$ 17 mil pelo Ibama.

“Na ocasião, a parlamentar cometeu assédio e ameaça contra servidora pública federal, produziu vídeos em redes sociais difamando funcionária do Ibama, filmando e publicando na internet o próprio ato repugnante. Na ação, atirou-se sobre o carro da servidora em questão, que estava saindo do trabalho”, narra o texto juntado ao abaixo-assinado.

“A referida parlamentar forçou entrada não autorizada e sem agendamento prévio dentro da instituição, constrangeu e assediou servidores terceirizados de segurança, usurpou e depredou o patrimônio público federal, invadiu um órgão público federal, tomou posse de insumos e instrumentos de órgão público federal sem autorização, promoveu fiscalização irregular e sem autorização, mentiu ao afirmar ter sido enganada em supostos acordos com o Ibama”, diz outro trecho sobre a situação ocorrida no domingo.

Conforme a argumentação para pedido de abertura das investigações, a deputada se comportou de forma “histérica, simulando choro, se ajoelhando no chão, correndo de um lado para o outro, gritando e ameaçando os servidores presentes”, o que teria sido simulado, filmada pelos assessores de Joana para gerar engajamento, pois “ninguém a tocava”.

O documento defende que os órgãos ligados inclusive ao governo do Amazonas como Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), Comando de Policiamento Ambiental da Policia Militar do Amazonas (CBMAM) ou Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA) não apontaram falta de condições do Cetas do IBAMA. E lembra que os animais que estão no centro de triagem estão em recuperação e a manifestação causou estresse a eles.

Além disso, o texto afirma que a deputada agiu de forma  “levianas e infundadas ao afirmar que haviam vacinas vencidas no Cetas, pois o Ibama não aplica imunizantes aos animais silvestres e destaca que não há provas de que produtos com prazo de validade vencidos estariam sendo ofertados aos animais.

“O parecer técnico apresentado para embasar a ação sobre as condições do CETAS também precisa de mais esclarecimentos, uma vez que muitos dos veterinários que assinaram o parecer tem histórico de trabalhos com a deputada Joana Darc, o que classificaria uma parcialidade do documento”, aponta.

A deputada não havia se posicionada sobre a petição.

Com informações do portal A crítica.

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