Manaus (AM) – O deputado federal Capitão Alberto Neto (PL-AM) surpreendeu, na noite desta quinta-feira (6), na votação da reforma tributária, na Câmara dos Deputados.
O texto foi considerado uma vitória histórica para Amazonas por manter a competitividade da Zona Franca de Manaus (ZFM), criar segurança jurídica e estabelecer marco para diversificação da matriz econômica do Estado.
Um dia antes, Alberto Neto havia assegurado que sua prioridade, na reforma, seria defender a Zona Franca de Manaus.
Contudo, o painel de votação da Casa mostrou que, dos oito parlamentares que compõem a bancada do Amazonas na Câmara, ele foi o único voto contrário.
Sob pressão
Seu partido, o PL, maior bancada do Poder, com 99 cadeiras, horas antes da votação, foi pressionado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro a votar contra o governo. Apesar disso, 20 liberais do PL não cederam à pressão dele.
Contudo, o deputado Capitão Alberto Neto preferiu obedecer a seu líder político a ter que apoiar a ZFM.
Rondônia
Dos sete estados que compõem a Região Norte, Rondônia, com bancada de maioria bolsonarista, votou contra a reforma tributária e, consequentemente, contra a ZFM.
Dos seus 8 votos, Rondônia deu 6 contrários ao texto.
A manifestação política da bancada rondoniense pode ser surpreendente para o Amazonas. É que o Estado está na área de abrangência da Zona Franca de Manaus. Ou seja, pela lógica, os vizinhos seriam aliados do Amazonas.
Entretanto, o recado foi dado. Rondônia não se sente integrante ou beneficiada pelo modelo.
Isso, porém, não é novidade para o Amazonas, que foi textualmente avisado pelo governador de Ronônia, Clécio Luís, no fim de março na reunião do Conselho de Administração da Suframa, ocasião que teve a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin.
Naquele dia, 24 de março, Clécio se queixou do tratamento que a ZFM dá aos parceiros. Assim, inclusive, disse que Rondônia e municípios da região não se sentem parte do modelo.
“O polo industrial é em Manaus. Tudo certo, mas os demais estados, os demais municípios que fazem parte da Suframa, precisam se sentir parte”, comentou, acrescentando:
“Nós precisamos sentir os benefícios da ZFM, dos fundos da Suframa, em Macapá, em Boa Vista, no Acre. Enfim, aonde há o alcance da Suframa”.
Veja como votou o Amazonas:
Fonte: BNC Amazonas
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